O ex-presidente peruano Alberto Fujimori faleceu nesta quarta-feira, aos 86 anos, após enfrentar complicações decorrentes de um câncer. Ele governou o Peru de 1990 a 2000, em um período marcado por profundas mudanças políticas e econômicas, mas também por ações controversas que resultaram em sua condenação, em 2009, a 25 anos de prisão por violações aos direitos humanos.
A filha do ex-presidente, Keiko Fujimori, confirmou a notícia da morte em nome da família. "Depois de uma longa luta contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, nos deixou para descansar. Agradecemos a todos que puderem rezar por sua alma e pela paz em sua jornada. Obrigado por tudo, papai", escreveu ela em um comunicado assinado pelos quatro filhos de Fujimori.
Fujimori estava em estado crítico e sob cuidados médicos em Lima, onde vivia com a filha desde dezembro de 2023, após ter sido libertado da prisão devido ao agravamento de sua saúde. Em maio deste ano, ele havia anunciado que estava lutando contra um câncer na língua, complicação que o levou a ser internado várias vezes.
Figura controversa, Fujimori foi responsável pela implementação de políticas que controlaram a inflação e pela dura repressão ao grupo terrorista Sendero Luminoso. No entanto, seu governo também foi marcado por abusos, como esterilizações forçadas e execuções extrajudiciais, o que o levou a ser preso e condenado por crimes contra a humanidade.
Alberto Fujimori deixa quatro filhos e cinco netos.
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