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Adeus a Alain Delon, a alma do cinema francês

O ator, produtor e escritor, que marcou gerações com sua presença magnética, morre aos 88 anos após anos de luta contra problemas de saúde

18/08/2024 às 08h47 Atualizada em 18/08/2024 às 08h48
Por: Gilberto Luz Fonte: Redação
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Alain Delon comparece à sessão de fotos para a Palma de Ouro de Honra durante o 72º Festival Anual de Cinema de Cannes em 19 de maio de 2019 em Cannes, na França / Laurent KOFFEL/Gamma-Rapho via Getty Images.
Alain Delon comparece à sessão de fotos para a Palma de Ouro de Honra durante o 72º Festival Anual de Cinema de Cannes em 19 de maio de 2019 em Cannes, na França / Laurent KOFFEL/Gamma-Rapho via Getty Images.

Alain Delon, a lenda do cinema francês cuja presença enigmática e irresistível o transformou em um ícone global, faleceu aos 88 anos.

"Ele nos deixou pacificamente em sua casa em Douchy, cercado pelos três filhos e familiares próximos", anunciou a família em comunicado à agência AFP. Delon vinha enfrentando complicações de saúde nos últimos anos.

Nascido em Sceaux, nos arredores de Paris, Delon viveu uma juventude agitada, marcada pela separação dos pais e por diversas expulsões escolares. Antes de se tornar uma estrela, ele serviu na Marinha Francesa na Indochina e sobreviveu realizando bicos em Paris.

Sua primeira aparição no cinema foi em 1957, no thriller "Quand la femme s’en mêle" (conhecido em inglês como "Send a Woman When the Devil Fails"), onde interpretou um assassino de aluguel. Este papel marcou o início de uma série de interpretações como anti-herói, colaborando com cineastas renomados como René Clément, em "Plein Soleil" (1960), Luchino Visconti, em "Rocco e Seus Irmãos" (1960) e "O Leopardo" (1963), e Jean-Pierre Melville, em "Le Samouraï" (1967).

Em 1968, Delon foi envolvido em um escândalo de sexo, drogas e assassinato, conhecido como o caso Markovic, que abalou a alta sociedade francesa. Apesar das investigações, ele nunca foi acusado.

Sua filmografia inclui também produções em inglês, como "The Yellow Rolls-Royce" (1964) e os faroestes "Texas Across the River" (1966) e "Red Sun" (1971), embora seu sucesso fora da Europa tenha sido limitado.

Em 1985, Delon recebeu o prêmio César de Melhor Ator por sua atuação em "Nossa História", de Bertrand Blier. Ele também foi indicado ao Globo de Ouro por seu papel em "O Leopardo".

Nos últimos anos, apesar de seu afastamento das telas, Delon retornou à televisão, interpretando detetives experientes nas minisséries "Fabio Montale" (2002) e "Frank Riva" (2003-2004).

Em 2005, foi homenageado como Oficial da Legião de Honra Francesa, um reconhecimento à sua contribuição indelével ao cinema mundial.

Delon foi casado com a atriz e modelo Nathalie Delon entre 1964 e 1969, e juntos tiveram um filho, Anthony. Ele também teve três outros filhos: Christian Boulogne, com a cantora e atriz Nico, e Anouchka Delon e Alain-Fabien Delon, com a atriz holandesa Rosalie van Breemen.

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