Os funcionários da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12), em resposta às propostas da empresa de alterar o modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A paralisação, que afeta principalmente as áreas de atendimento ao consumidor, é liderada pela Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel). Serviços essenciais de urgência e emergência continuam em operação.
Os sindicatos denunciam que as mudanças sugeridas pela Celesc favorecem apenas uma pequena parcela dos empregados, em detrimento dos que possuem menores salários. Cléber Borges da Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica do Sul de Santa Catarina (Sintresc), criticou a proposta em entrevista ao Balanço Geral de Criciúma: "A empresa quer redistribuir a PLR, tirando dos que ganham menos para dar aos que ganham mais. Nossa greve é uma defesa dos direitos adquiridos ao longo de décadas."
A Intercel, em comunicado oficial, acusou a gestão da Celesc de negligência nas negociações e de adotar uma postura que tem levado à deterioração das condições de trabalho. "Com uma lógica voltada para a privatização, a diretoria tem precarizado o ambiente laboral, o que reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados à população. Mesmo diante dos esforços dos trabalhadores, a falta de reposição de pessoal e o aumento da terceirização, além da implementação de um sistema comercial problemático, têm gerado sérios transtornos."
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