Efeitos positivos da produção orgânica em Santa Catarina

A Lei Federal n°. 10.831/2003 que instituiu a produção orgânica, regulamentada pelo decreto n°. 6.323 de 2007, oportunizou novas regras a produção e comercialização de orgânicos, desde seu armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. Essa lei impulsionou o setor da produção orgânica e ofereceu ao consumidor garantia de qualidade e autenticidade dos produtos através de selo oficial do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (Sisorg). Permitiu ainda a produção de orgânicos e não orgânicos na mesma propriedade, desde que os processos sejam separados. Os agricultores familiares cadastrados no órgão fiscalizador foram habilitados a vender o produto diretamente ao consumidor.

Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), investimentos em tecnologia são tendências a serem empregadas na agricultura familiar. Os agricultores que fazem parte do cinturão verde dos municípios de Santa Catarina estão investindo na adoção de tecnologia e de práticas inovadoras, visando mais qualidade e menor custo de produção às pequenas propriedades rurais da região. A atividade agroecológica está presente na agricultura familiar em vários municípios do Estado, sendo responsável pela produção saudável de diversos cultivos. O beneficiamento dos produtos é realizado pela agroindústria familiar e a produção é vendida para supermercados e pequenas feiras de produtos orgânicos.

A produção orgânica incentiva a agricultura familiar, agrega valor comercial, ajuda a evitar o êxodo rural e é ambientalmente correta. A conscientização agroecológica precisa se desenvolver junto aos agricultores da Grande Florianópolis. É imperativo a assistência técnica aos agricultores, a não utilização de produtos químicos, novas técnicas e investimentos na área de orgânicos. Essas iniciativas trarão equilíbrio ao meio ambiente, impulsionando cada vez mais a prática da agroecologia e o desenvolvimento rural em Santa Catarina.